15 de jun. de 2010

(tentativa I)

Era a noite mais fria do mês de julho. O toque de seus dedos em minha pele criou uma vermelhidão instantanêa. (Instantânea) Já não havia mais nada para ser dito. Já havia passado da hora de falar. Masm seu corpo, seu corpo... (Seu corpo) Não conseguia expressar nenhum movimento ou sentimento. Ir embora, é o que devia fazer. (Afinal) Não há mais porque "estar". O vazio do momento já havia tomado conta dos olhares, da respiração. (Abaixaram-se os olhos. Uma leve expressão de tristeza. Virou-se para um adeus, provisoriamente eterno) Não haviam mais palavras apenas o seguir rua abaixo. E a cada passo que dava, seu sangue voltava a correr. Era uma sensação estranha. Era um alívio oco. Uma incerteza necessária.

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